domingo, 24 de abril de 2011

Sobre a morte de Sathya Sai Baba


Deixou o corpo hoje, Sathya Sai Baba e sinto uma imensa vontade de discorrer um pouco sobre isso e peço-lhes que leiam com amor no coração.
Considerando que cada vida é apenas um capítulo do longo livro de nossas existências, encerrou-se, na existência divina de Sai Baba, mais um capítulo repleto de luz, amor e serviço à humanidade. Minha mente humana e limitada não deixa de sentir essa perda, apesar de saber, conscientemente, que não houve nenhuma perda de fato. Sinto não poder explicar para as pessoas a minha volta o que significa para mim ter conhecido Sai Baba. Sim, ele fazia milagres, realizava curas, materializava objetos e muitas outras coisas fantásticas. Nunca duvidei disso, aliás, sei que todos esses milagres são hoje em dia já explicados cientificamente pela física quântica, portanto, não foram essas coisas que fizeram com que eu me aproximasse dele. Mágicas, milagres, fenômenos físicos...nada disso nunca me chamou a atenção.
O único milagre que me importa de fato é a transformação pessoal, a melhora íntima, a expansão da consciência, e estes Sai Baba tem me ajudado a realizar. Nunca estive em sua presença física, nunca toquei-lhe as mãos e os pés, nunca recebi nada por ele materializado, mas ele com certeza tocou meu coração e para mim isso é tudo o que importa.
Ele me ensinou a amar, a compreender as pessoas a minha volta, a sentir, na pele e concretamente que todos somos UM e que temos a responsabilidade de ter em nosso íntimo a essência divina que nos impulsiona a agir sempre em consonância com valores humanos, e assim sendo, devemos buscar por essa consciência dentro de nós mesmos e viver nossa vida em conformidade com ela. 
Ele me mostrou o sentido da minha vida, o porquê de eu estar aqui e a razão de eu pensar como penso e sentir como sinto. Guiou-me à experimentação do que há de mais fantástico nesse universo: a sensação da Unidade, que, através de minha conexão com ele, consegui sentir algumas vezes. Depois que conheci Sathya Sai Baba, nunca mais me senti desamparada, nunca mais me senti caminhando sozinha, nem pensei que eu  falava uma língua diferente de todos a minha volta. 
Uma vez me perguntaram, em tom de indignação, se eu estava adorando Sai Baba. Hoje sinto-me impelida a responder: não, eu não o adoro. Eu o AMO, e isso é completamente diferente. Meu sentimento por esse ser fantástico nada tem a ver com fanatismo, crença, religiosidade ou dogmatismo. É apenas um amor tão simples e tão puro que não se pode explicar. Sou grata pelo que ele me ensina, todos os dias, através da minha voz interior. Sou grata por seus 85 anos de serviço à humanidade, pelos hospitais, universidades, escolas de música, projetos de saneamento básico e por tudo o mais que fez a seu semelhante.
Eu o amo por ele nos ensinar que temos em nós a essência divina e que, antes de mais nada, temos que buscar por ela. Amo por ele dizer que a melhor forma de servir a Deus é servir ao próximo e por demonstrar com seu próprio exemplo que todos somos um só e que, portanto, amar e servir a todos é um dever. Amo por ele ter criado o programa de educação em valores humanos, através do qual tantas crianças estão sendo ensinadas a ser gente, a ser pessoas de caráter íntegro antes mesmo de serem profissionais brilhantes.
Minha experiência com Sai Baba se deu em meu mundo interno, e a realidade interior é a única condutora de meus passos. Tudo o que ele me deu, tudo o que em mim floresceu desde que ele me chamou no meio da noite é tão belo, tão sutil, tão suave e tão amoroso, que guardo aqui dentro, num lugar do meu coração onde as palavras e a racionalidade não encontram respaldo. Realmente não me importa se ele faleceu antes do que tinha dito que faleceria, ou se fulano e ciclano falam mal dele, ou se existem teorias e mais teorias que o acusam de ser uma farsa. São apenas tolices do mundo externo levadas a sério apenas pelos que não conseguiram ainda tocar o mundo do Ser, onde residem esses seres que vão muito além do nosso limitado entendimento.
Toda a ideologia, tudo o que ele me ensinou, tudo isso permanece, nada disso se perde. Só sinto por não termos mais fisicamente entre nós um ser humano verdadeiro, consciente, que tanto colaborou e tanto lutou pelo bem de todos, que tanto nos mostrou que é através do exemplo verdadeiro que ensinamos e que o mundo externo pode ser melhorado com a cura de nosso mundo interno. Sinto por ainda ver que as pessoas preocupam-se mais com a forma física dele do que com sua mensagem e que a maioria ainda não tem noção do quanto significa para toda a humanidade tudo o que ele disse. Ele nunca quis angariar devotos, nunca quis ser adorado. Só queria nos ensinar a amar. Sobre seus milagres ele dizia: “Eu lhes dou o que vocês querem para que, um dia, vocês queiram o que eu vim lhes dar”.
Espero que queiramos o que ele veio nos dar, que aprendamos finalmente a amar, a respeitar o outro, a servir a humanidade através de nosso próprio exemplo; que melhoremos as pessoas melhorando nosso próprio coração. Sathya Sai Baba, que mais que meu mestre pessoal, é o amor da minha vida, deixou o corpo físico, mas não nos deixou. Continuará nos inspirando a tomar posse de nossa identidade divina e a agir em conformidade com isso. Temos em nosso íntimo um pedaço de Deus, como já nos dizia Jesus Cristo quando ensinava que o reino de Deus está dentro de nós; e se Deus nada faz além de amar e servir, nós também devemos agir assim.
A vida aqui nesse plano continua e temos muito trabalho a fazer. Desejo, de coração, que todos aqueles que se preocupam com a aparência física de Sai Baba, ou os que passaram a tê-lo em baixa conta devido à antecipação de sua morte, ou mesmo os que continuarão a se preocupar apenas com fenômenos físicos que parem para refletir por ao menos alguns minutos sobre a mensagem que ele deixou, sobre o trabalho concreto ao próximo, sobre o que ensinava a seus devotos. E que todos nós deixemos um pouco de nos preocupar com os milagres que ele fazia e passemos a nos ocupar de praticar a filosofia de amor de que ele tanto falava. Que aprendamos, de fato, a cuidar de nossa parte divina.
Obrigada, Swami, por estar sempre comigo e por me mostrar que a humanidade ainda pode aprender a amar, desde que todos façamos a nossa parte. Sempre juntos!!!
Com amor,
Denise da Mata.

Vídeo Team Player, feito por um aluno em comemoração ao aniversário de Sai Baba. Clique aqui.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Iluminar e só...


Iluminar para sempre
Iluminar tudo
Até os últimos dias da eternidade
Iluminar e só:
Eis o meu lema
E o do sol.

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