quarta-feira, 13 de junho de 2012

Oposição ao Bem



Se de início uma ideia não parecer absurda, então não há esperança para ela. (Albert Einstein)


NA PÁGINA 196, DO LIVRO "JORNADA DOS ANJOS" - A ESPIRITUALIDADE SE DIRIGE A JAN HUSS, ALERTANDO-O, DA

SEGUINTE FORMA:



" - Estamos aqui hoje, Jan, para alertá-lo e prepará-lo. A situação poderá tornar-se mais difícil. Há imensa movimentação das trevas opondo-se ao trabalho do Mestre, que se realiza através de você.

- Eles sempre se opõe, não é verdade?

- Sim, até quando as leis divinas o permitirem.



(...) previno-te, porque é ao mundo inteiro que se trata de agitar e de transformar. Não creias que te seja suficiente publicar um livro, dois livros, dez livros, e ficares tranquilamente em tua casa; não, é preciso te mostrares no conflito; contra ti se açularão terríveis ódios, implacáveis inimigos tramarão a tua perda; estarás exposto à calúnia, à traição, mesmo daqueles que te parecerão mais dedicados; as tuas melhores instruções serão impugnadas e desnaturadas: sucumbirás mais de uma vez ao peso da fadiga; em uma palavra, é uma luta quase constante que terás de sustentar com o sacrifício do teu repouso, da tua tranquilidade, da tua saúde e mesmo da tua vida, porque tu não viverás muito tempo. (Espírito Verdade - O Que é o Espiritismo)



(...) dez anos e meio depois que esta comunicação me foi dada, e verifico que ela se realizou em todos os pontos, porque experimentei todas as vicissitudes que nela me foram anunciadas. Tenho sido alvo do ódio de implacáveis inimigos, da injúria, da calúnia, da inveja e do ciúme; têm sido publicados contra mim infames libelos; as minhas melhores instruções têm sido desnaturadas; tenho sido traído por aqueles em quem depositara confiança, e pago com a ingratidão por aqueles a quem tinha prestado serviços (...). (Allan Kardec - O Que é o Espiritismo)



A Falange Espírito Verdade nos diz no ESE - Cap. XXIV item 15, na lição, “Coragem da Fé,” que: “A coragem de manifestar opinião própria sempre foi estimada entre os homens, pois há mérito em enfrentar os perigos, as perseguições, as contradições, e até mesmo as simples ironias, aos quais se expõe, quase sempre, aquele que não teme proclamar abertamente as idéias que não são as de todos. Nisto, como em tudo, o mérito está na razão das circunstâncias e da importância do resultado”.



Lembra-nos ainda, na mesma obra citada, Capítulo XXIII item 12: “Toda idéia nova encontra forçosamente oposição, e não houve uma única que se estabelecesse sem lutas. Nestes casos, a resistência é proporcional à importância dos resultados previstos, pois, quanto maior for a idéia, tanto maior será o número de interesses ameaçados”.



E recomenda-nos, agora no Cap. VIII item 8: “Obedecei à grande lei do progresso que é a palavra da vossa geração. Infeliz do Espírito preguiçoso, daquele que fecha seu entendimento! Infeliz! Pois nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, o atingiremos com o chicote e forçaremos sua vontade rebelde com a dupla ação do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa deverá ceder, cedo ou tarde. Mas, bem-aventurados aqueles que são mansos, pois receberão com doçura os ensinamentos”.



“(...) apelo a todos os adversários de boa-fé e os desafio a dizer se se deram ao trabalho de estudar o que criticam; porque, em boa lógica, a crítica só tem valor quando o crítico conhece aquilo que critica. Zombar de uma coisa que não se conhece, que não se pesquisou com o critério do observador consciencioso, não é criticar, é dar provas de leviandade e dar uma pobre ideia de sua capacidade de julgamento (...)”. (Allan Kardec - O Livro dos Espíritos)

sábado, 2 de junho de 2012

Liberdade e espinhos

O Despertar Espiritual para alguns é como correr livremente por um campo verde. Deseja-se a sensação de liberdade, a comunhão com a natureza, a unidade. Só que a maior parte das pessoas desejam correr descalças e acabam por ferir a sola dos pés com os diversos espinhos que existem escondidos no chão, e passam assim a rejeitar a idéia anterior passando a vê-la como tolice ou utopia. Essa pessoa não percebe que a responsabilidade era sua de se proteger, se equipar com os instrumentos que lhe poupariam os ferimentos. Um bom calçado, por exemplo, protegeria os pés de forma que os espinhos passariam despercebidos.

Os espinhos ainda estariam ali, mas não causariam mais dor aos que estivessem preparados para eles. É tolice perder tempo tentando remover todos os espinhos do campo para só então correr livremente por ele. Mais sábio é proteger os próprios pés e fazer o que se quer fazer sem deixar que as dores se transformem em impedimento.

Assim é o caminho espiritual: a quem vê de fora é apenas o prazer da liberdade, a plenitude, e realmente é. Só que muitos são os espinhos espalhados pelo caminho. Aos despreparados, a dor é inevitável. Alguns desistem e passam a rejeitar esse caminho. Outros prosseguem suportando a dor a fim de sentir em algum momento a tão almejada liberdade. Esse é o caso dos que suportam flagelos e sacrifícios físicos a fim de domar o corpo e submeter o ego. Porém, apesar dessa escolha ser um ato de coragem, não há necessidade da dor e do sofrimento; não mais. O trilhar pode ser suave, prazeroso para aqueles que se calçam, para os que se protegem e passam a ver o mundo com as lentes do Amor Incondicional.

Você pode já ter tentado percorrer o caminho descalça, pode já ter se ferido muitas e muitas vezes, pode ter pensado em desistir ou em suportar, porém agora aprendeu, enfim, que a dor não é mais necessária àqueles que se submetem aos sacrifícios exigidos pelo amor maior.

No que diz respeito ao alimento, todas as consciências menores, de qualquer alimento, pode ser purificada por aquele que já despertou em si a verdadeira energia amorosa. O homem que está em união com a consciência pura não é escravo de nada: nem do que come, nem do que vê, ouve, respira, pensa ou sente. Ele é mestre de su mesmo e como tal pode controlar e transmutar a energia do mundo a seu redor a partir do mundo dentro de si.

Quando o mestre Jesus lhes ensinou: “O que faz mal não é o que entra pela boca do homem, mas o que sai”, ele queria que percebêssemos que para aquele que se preocupa com seu papel no mundo, com o que causa nos outros, assumindo a responsabilidade existencial e amando o suficiente para emanar apenas o que é belo, para este pouco importa o alimento que ingere, pois que qualquer coisa que coma será tocada pelo amor de sua essência já desperto na personalidade.