A brisa fresca da manhã, no primeiro dia do ano.
A inquietação, o movimento,
O sono, o lamento,
Dia de chuva e fim de tarde,
Noite longa e sol que arde,
Expectativa do porvir,
O olhar do passado, o partir.
O Senhor dos Exércitos, a Mão forte da Justiça,
O poder, a meta, a intolerância contra a cobiça,
Pai amoroso, amigo protetor,
Força intensa que circula os laços de amor.
Eis a luta e a trégua,
O perdão e a culpa,
A impulsividade, a estratégia,
O refazer, recomeçar, superar a tragédia.
Força intensa, porém leve.
Enigma indecifrável, porém simples.
O olhar detalhista e observador,
Que testa, faz, age e ignora a dor.
Eis o Criador, o Artista maior desse mundo.
Ampara o trabalhador,
Culpa o vagabundo.
Sustenta o equilíbrio e mantém a força invisível,
Grita em silêncio o temor incompreensível.
Deseja apenas o amor, simplesmente.
Mas tem no medo muitas vezes um grande aliado.
Menino travesso, assustado,
Incompreendido por nossa nação tão injusta e demente.
A minha fé, agora livre e ilimitada,
Trouxe meu coração de volta ao Criador do universo.
E aqui estou eu, firme e feliz,
Apesar de cansada.
Reconciliando-me com antigas crenças, resgatando a raiz.
O meu amor absoluto, agora mais consciente,
Faz meu corpo se curvar em respeito à Sua luta por mim,
Por toda essa gente.
E meu espírito, cheio de saudade e esperança,
Coloca-me atenta, disposta a lutar pela paz,
A espera da grande mudança.
E preparada para o grande momento,
Sem mais sentir medo, dor, ou lamento,
Entrego meu amor, meu respeito e minha fé,
Em servidão livre, consciente e doce ao Senhor Javé.
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