segunda-feira, 22 de abril de 2013

Minha releitura do Pai Nosso...


Pai Nosso que está em mim,
Santificados sejam todos os Teus Nomes!
Venha em nós o Vosso Reino,
Seja feita a Tua Vontade aqui na terra como no céu.
O alimento do corpo e da alma nos dai hoje.
Compreendei as nossas falhas
Da mesma forma que compreendemos as falhas alheias.
Não nos deixeis cair na ignorância,
Mas livrai-nos do mal em nós!

Amém!!!

terça-feira, 2 de abril de 2013

Sobre amor e trabalho, em homenagem a Chico Xavier.




Um dos maiores seguidores do Cristo faria hoje 99 anos de idade. Chico Xavier, considerado um militante do movimento espírita, era, na realidade, a meu ver, um instrumento do AMOR. Lamento quando ouço comentários depreciativos a seu respeito vindo daqueles que o fazem vítima de seus preconceitos religiosos, daqueles que não conseguem ver o ser humano por trás dos dogmas das instituições. Não enxergo em Chico um líder do movimento espírita, mas um homem que se colocou à disposição de Deus para ser um operador da Vontade do Supremo.

O Amor é a única Verdade desse mundo e nossa maior responsabilidade é manifestá-lo no mundo físico, permitindo-nos ser instrumento da Sinfonia Divina já em curso. E Amar Incondicionalmente implica em muito trabalho. Não ama aquele que se omite, se esconde, que foge do ajuste com a própria consciência. Ama aquele que luta pelo bem comum, o que limpa o próprio coração e recomeça todos os dias a afinação do próprio psiquismo. Ama o que aceita o outro como é, o que não espera nada em troca e que trabalha incansavelmente para ensinar apenas com o próprio exemplo, pois só tem o poder de mudar o mundo externo aquele que purifica seu mundo interno.

A verdadeira educação do ser humano vem da essência, é dita pela consciência e manifestada pelo coração. Cabe a cada um edificar o amor dentro de si para servir à humanidade da maneira que lhe cabe de acordo com o movimento do universo. Não importa que tipo de trabalho seja feito, o importante é com que motivação se faz. Varrer um chão ou limpar um banheiro pode ser muito mais proveitoso ao ser humano e a toda humanidade do que os trabalhos intelectuais e políticos que alguns fazem de forma vazia.

Chico Xavier não tocava o coração das pessoas porque falava de amor, mas porque vivia o amor. Ele, assim como Mahatma Gandhi, líder político e social da Índia, eram líderes de si mesmos, comandavam os próprios instintos, controlavam os próprios desejos e consequentemente influenciam até hoje milhões de pessoas, pois seus ensinamentos tinham essência, tinham prática. Por que todos os grandes mestres da humanidade nos aconselharam a “amar nossos inimigos e fazer bem aos que nos odeiam”? O que há por trás disso? O que faz com que um homem simples, comum, como Chico Xavier, ou com que um simples advogado como Mahatma Gandhi, toque o coração de milhões de pessoas? São questões a respeito das quais devemos refletir. Estamos sedentos de Amor, de Verdade, e nosso coração reconhece aqueles que já bebem na fonte da Consciência Superior. Mas não basta reconhecer, devemos aprender. E também não basta apenas aprender, temos que praticar, pois muitos ainda mais precisam ser alimentados.

Manifestar a essência divina não é algo que vem em decorrência de um privilégio divino, nem se consegue por milagre da noite para o dia. Isso requer trabalho, muito trabalho. Exige um mergulho em si mesmo, um enxergar dos próprios vícios com uma determinação em transformá-los em virtudes e um reconhecimento dos próprios talentos. Tal processo deve acontecer de forma incessante e persistente, sendo às vezes doloroso. Requer uma submissão à Consciência Superior, um despertar da Humildade no ego para que os caprichos de nossa personalidade sejam submetidos a uma Sabedoria que está além do cérebro físico. É um trabalho por vezes cansativo, que exige muita força e coragem, mas que concede aos que persistem o bálsamo da libertação. Não é algo para observarmos e admirarmos nos grandes homens, como Chico Xavier. É algo para lutarmos para construir em nós, através das dicas que os bons exemplos nos deixam.

A cura da humanidade não se fará por milagre, nem através daqueles que esperam sentados e reclamando da vida que venha de um missionário que está longe. Virá através da edificação do Bem em cada ser humano e isso exige de nós muito trabalho. O despertar do amor verdadeiro em nosso mundo interno nos liberta, e a liberdade de consciência nos traz a responsabilidade perante o outro e perante o mundo. Há muito trabalho a ser feito e poucos são os que querem abraçar a responsabilidade de curar a si mesmos para colaborar no processo de cura da humanidade.

Chico foi um desses. Tenho certeza de que, de onde está agora, ainda trabalha incansavelmente para manter acesa a sua própria luz e assim seguir iluminado seu entorno, ajudando na evolução desse orbe. Que sua luz, nesse dia, se faça ainda mais forte em todos nós. A esse mestre, pai e irmão que tanto amo e que tanto me ensina, todo meu amor e gratidão sempre.

O trabalho continua!!!