domingo, 11 de setembro de 2011

Um modo de ser, autoria desconhecida.


Transcrevi essa poesia num pedaço de papel quando eu tinha 16 anos. Na época ela tocou profundamente o meu coração, mas eu ainda não entendia a profundidade de suas palavras. Esse papel ficou perdido por aí, durante 12 anos e só agora eu o encontrei e pude reler essas palavras que novamente me tocaram o coração, mas agora com um alcance muito mais absoluto e essencial. Desconheço a autoria, mas a publico aqui agora em agradecimento, respeito e admiração a seu autor, que conseguiu retratar um sentido da vida simples e belo, ignorado pela maior parte de nós.

A poesia não está apenas no encaixe harmonioso de palavras, mas nos belos atos, na forma simples de se viver, na energia amorosa que a tudo envolve, na essência do que realmente somos. Muitos poetas nem sabem escrever, mas vivem poesia a cada minuto de suas exietências. Outros escrevem belos amontoados de palavras, mas não experimentam a poesia em sua forma real e profunda: o viver simples e iluminado, muita vezes silencioso no dia a dia, na arte de se viver amando sem esperar nada em troca.


Uma poesia real, cheia de energia e vida:



"Todos os dias viverei da vida um tanto:

Mas não demais, antecipando o que não veio,

Nunca de menos, precipitando o desencanto.

Todos os dias serei inteira, plena, forte e iluminada,

E tudo quanto o que me torno,

Quando alinho minha alma aos contornos do Sagrado:

No amor, completa;

Na palavra, certeira;

No trabalho, agradecida;

No viver, simplificada

E no carinho, doce

Tecendo e refazendo laços.

Seja esta a força que me leve e que conduza meus abraços.

Companheira da Verdade, deixo sempre que ela fale,

Pois no silêncio não há nada que a oculte ou que a cale.

Todos os dias serei um pouco menos de mim, no fundo;

E sempre mais um tanto assim: comum, do mundo."

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