As relações humanas só podem ser melhoradas com o devido processo de transmutação de nossas mazelas interiores: não há outra forma. Já é chegado o tempo da maturidade espiritual! Enfrentar as próprias limitações é um grande desafio, mas nós sempre soubemos que o caminho de volta para casa seria árduo. Não existe outra opção: ou aceitamos agora o desafio da auto-cura emocional e espiritual, ou continuamos como tolos culpando os outros por nosso sofrimento.
Toda dor, sem exceção, é causada por nós mesmos. E em nossa cretinice, nos perdemos tentando responsabilizar as pessoas por nossa frustração e fracasso pessoal. A estrada é estreita e árdua. Há de se assumir as consequências dos equívocos pessoais e entender que as pessoas a nossa volta apenas RE-AGEM ao que demonstramos ser. Inseridos em uma ilusão onde todos reajem ao que vêem, aquele que age de acordo com o que essencialmente É é o único capaz de enxergar a realidade e atuar nela. Já é chegada a hora de despertar! Não há mais tempo a perder com discussões estéreis e sentimentos transitórios menores, por mais dolorosos que pareçam ser. Repito: a estrada é estreita e árdua, mas sabíamos, quando nos perdemos por vontade própria, que a jornada de volta seria difícil.
Agora o caminho apresenta-se, e já somos capazes de perceber que ele esteve o tempo todo aqui, em nós, e não há mais como ignorar isso. Apenas o mergulho em nós mesmos e a cura de cada sentimento ainda inferior pode abrir o portal que elevará nossa consciência nos levando de volta ao lar. Já é hora de entrarmos em sintonia com isso para que a elevação de nossa consciência traga o reino de Deus à terra. Cada indivíduo que abre em si o portal e assume a dificuldade do caminho, começa a retornar, e cada passo na trajetória de volta para casa é uma execução do “venha a nós o vosso reino”, pois que o reino de Deus está dentro de nós, como bem disse o mestre.
Nós temos a responsabilidade e não há mais como fugir disso com distrações menores. Quantos começarão a caminhar, como filhos crescidos que são, e quantos ainda permanecerão perdidos, imersos no próprio sofrimento, incapacitados por sua própria tolice de enxergar a estrada libertadora dentro de si? Quem ainda é tão tolo a ponto de achar que a liberdade viria sozinha até todos nós? Temos que conquistá-la, a custo de muito esforço pessoal, mas é sempre um preço que vale a pena se pagar.
Podemos adiar o mergulho em nós mesmos o quanto quisermos, podemos ignorar o que temos que fazer e continuar gastando nossa energia em distrações cotidianas criadas por nosso próprio ego, mas um dia teremos que enfrentar a única coisa da qual ser algum pode escapar: a própria consciência e os registros nela do quanto se trabalhou em prol do melhoramento íntimo. Se o caminho será mais ou menos longo, mais fácil ou não, isso depende do livre arbítrio de cada um, e cada ser, lá no fundo de sua alma, sabe que, por mais que se adie, por mais que se engane com declarações do tipo “mais isso é tão difícil”, “eu não consigo”, apenas o mergulho em si mesmo e a cura das próprias mazelas nos trará paz e plenitude. Não há outra forma. Aprender a amar incondicionalmente é a única maneira de voltarmos a ser feliz e todos sabemos disso.
Resta saber até quando nos enganaremos e adiaremos o exercício do amor, com a pobre desculpa da dificuldade de se amar sem esperar nada em troca e de enxergar nossos próprios defeitos. Sim, é difícil! Sempre soubemos que seria assim, porém, ainda mais difícil é permanecer cego, preso numa ilusão de sofrimento que nós mesmos criamos e, no entanto, nessa dor insistimos em permanecer. Que não perdamos mais tempo! Nosso lar nos espera e o reino dos céus já está aqui, dentro de nós. Basta apenas que tenhamos olhos para ver, como filhos crescidos que já somos.
vivemos no mundo de Maia, onde tudo é ilusório, e a dificuldade maior está em não vermos que tudo esta em nós, só com um trabalho interior, psicológico, podemos alterar as estruturas do eu e limarmos arestas para sublimarmos o Ser
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